terça-feira, 20 de março de 2012

NOVE - O renascer


Era difícil de respirar, e praticamente impossível sair dali, era uma especie de caixão, mas realmente não poderia ser um caixão. Eu empurrava com toda forca, mas não dava, a tentativa de sair dali era muito inútil para mim, sem forcas para pensar ou reagir, eu apenas fechei os olhos e torci de dedos cruzados para acordar na minha cama, e esperar que tudo isso tenha sido um sonho prolongado. Eu podia sentir meu coração parar de bater, e a falta de ar, mas eu sabia que eu não podia morrer ali, sem nem um sentido, eu não tem como compreender isso, como fui parar ali, como isso tudo foi acontecer comigo, monstros ou demônios, coisas que eu não sei descrever. De qualquer modo eu acho que não queria sair mesmo dali, talvez se eu morresse seria melhor, pelo menos eu fugiria desse inferno, que eu não consigo me suicidar, essa, pode ser a melhor opção. Com os olhos fechados eu penso em minha mãe, na minha prima no meu pai e ate mesmo na minha tia, eu os vejo me abracando e rindo, como sempre foi... Quando já estava pronto para desistir, começo a sentir algo batendo na parte de baixo de onde eu estava preso, foi ai que percebi que eu estava preso em uma caixa de madeira, talvez debaixo da terra. A cada batida que eu sentia nas costas, mas eu tinha a impressão de que a madeira estava se rompendo, ate que começou a quebrar totalmente, e por uma leve brecha de madeira quebrada, passa-se mãos que me agarram pela barriga e me levam para baixo. Eu não conseguia ver o que me segurava e me levava para baixo, estava escuro e fúnebre, eu me sentia caindo em um buraco, como um enorme buraco cavado na terra, por esse motivo eu percebi que estava preso mesmo em um caixão, e agora estava sendo levado para as terríveis profundezas do inferno.
Dessa vez eu não estava com medo, mas - sim eu deveria estar, pois pensar que eu poderia estar indo para o inferno, e realmente tenebrante. Quando eu já estava ideias na cabeça, eu sinto um forte impulso nas costa, e percebo que havia acabado de chegar a um solo fechado e gelado, e mão e me segurava sumiu, e minha visão foi junto com ela, estava tudo completamente escuro, eu não via absolutamente nada. Levantei devagar, pois ainda estava machucado, fiquei com medo de perguntar se havia alguém ali, ate que alguém perguntou por mim.
- Tem alguém ai? Por favor responda, eu não aguento mais ficar nesse escuro.- Perguntou uma voz do nada e meio cansando como a voz de alguém que esta com fome e sede.
- Ola! Eu sou Diego, que lugar é esse? - Respondi sem forcar a voz. Mas durante alguns segundos de espera nada respondeu, então insisti mais uma vez.
- Ola! Tem alguém ai?... E mas uma vez nada respondeu durante alguns segundos... Depois de um total silencio, uma voz rouca resolveu me corresponder.
- Diego, espero que tenha folego e coragem, como eu disse outra vez, Deus não esta nessa historia, pode chamar e orar, definitivamente ele não te atendara, quer um conselho? Corra sem rumo agora mesmo, talvez você ache uma saída!
- Quem é você? Por que esta fazendo isso comigo?- Perguntei assustado, depois de alguns segundos a voz me respondeu outra vez, mas agora ao meu ouvido , eu pudi ate sentir a respiração entre minha nuca e o meu cabelo.
- Eu sou você.
Depois de ouvir isso surgiram milhões de perguntas na minha cabeça, mas não fui capaz de continuar, eu sabia que aquilo não era uma coisa boa, então sem pensar, respirei fundo e sai correndo.

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